8.21.2008

"Casa de Pedra" (do XiChona) Zimbaué

Debates a parte. Agora é inevitável que o Bronzil se transmute em "Pratil". Nada a ver com a República do Prata, apesar da vontade de alguns de se renderem aos argentinos.

Quero falar sobre nossa ultrapassagem ao Zimbaué. Com duas finais garantidas iremos deixar a República do Zimbábue para trás. Mas, para minha tristeza o Bronzil - apesar da ultrapassagem, continua parecendo não merecer o novo posto. Nada contra os atletas, esporte não é uma ciência exata. A não ser que se esteja falando do Redeem Team do basquete estadunidense ou de Usain Bolt da Jamaica.

A tristeza vem de concordar com uma parte do texto do Cesar. A parte a que me refito diz respeito ao nosso cartola chefe do COB que tentou nos comparar quantitativamente à Espanha. Parece que por ter uma formação de advogado o Sr. Nuzman ficou sem o conceito de "quantitativo x qualitativo".

Elevar os gastos esportivos com uma delegação nababesca parece um tanto infantil quando a justificativa é proporcionar experiência aos atletas. Desculpa hipócrita e mentirosa, pois até mesmo nossos atletas da seleção de tênis de mesa vivem e jogam no exterior. Gustavo Tsuboi joga e vive na França, Mariany Nonaka mora e joga em Portugal. No atletismo nossos competidores têm participado de inumeros meetings internacionais. Não quero tocar no futebol, a este falta merecimento. O time feminino pode não ter apoio mas parece não ter comando também.

É preciso investir no formato certo, nos esportes certos e nos atletas certos. Renovar as Confederações e Federações incapazes. Precisamos esquecer essa mania de comparação. É o momento é de focar nossos escassos recursos no que vale a pena. Esporte pode com facilidade ser uma ferramenta democrática e de inclusão social, mas, é preciso ter um objetivo real em mente. É preciso querer ser o Brasil Bronzil antes de querer ser a Espanha.
Porque a comparação com o Zimbaué? Por que somos como eles, ainda dependemos de valores individuais talentosos, nos falta conjunto.

Kalibusiswe Ilizwe leZimbabwe ("Abençoada seja a terra do Zimbábue").

Um comentário:

  1. Nem fico mais triste quando o Brasil perde um jogo, pois os dirigentes não merecem nossa torcida. Infelizmente, nossos atletas, pelo menos a maioria, são os sofredores, a maioria pobre, que nem ajuda financeira tem.(com excecão dos atletas do futebol masculino e do volei) Quando será que o Bronzil, bem tido, vai dar valor à educação e ao esporte???
    Pagamos para ver!!!

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